segunda-feira, 8 de junho de 2015

O fim do Brasil pode ser em 2015, diz Empiricus Vejam


São Paulo - O analista financeiro Felipe Miranda esteve nos holofotes nos últimos meses. Sócio da Empiricus Research, Miranda fez uma análise polêmica onde cravou: o fim do Brasil estará decretado caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita. 
A afirmação não agradou e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu a veiculação de dois vídeos promocionais criados pela consultoria que chamavam a atenção para um “iminente caos econômico”. Mais tarde, o TSE negou o pedido da coligação da presidente Dilma para multar a Empiricus.
Felipe Miranda lançou um livro nesta semana. O título “O Fim do Brasil” é o mesmo de um vídeo que teve mais de 14 milhões de visualizações na internet. Em entrevista ao site Exame.com, o autor fala sobre o livro e reflete sobre como o mercado deve se comportar daqui para frente.
Miranda - A tese do fim do Brasil é a de que, basicamente, antes de 1994 o país não tinha história. Não tinha histórico econômico. Não tinha padrão de consumo. Caía o salário e você corria para o supermercado para comprar o que dava. As regras mudavam sempre. Sem regras, não tem como existir investimento. Quem iria investir sabendo que o jogo podia mudar a qualquer hora? Só em 94, com o surgimento do real e a estabilização da moeda, nasce um Brasil. Você dá confiança na sua moeda, controla a inflação, e as pessoas finalmente passam a consumir. E o empresariado, percebendo que o plano deu certo, começa a investir. Os anos de 94 até 99 são a infância do plano real. Em 99, com a adoção do tripé macroeconômico (regime de metas de inflação, fiscais e pelo câmbio flutuante) surge a maturidade do real. Só que vinte anos após o surgimento do real as coisas mudaram dramaticamente. O processo começou em 99 com a crise do setor externo e culminou em setembro de 2008, com a quebra do Lehman Brothers. A partir daí, o governo adotou uma série de medidas para tentar reduzir os impactos da crise. Mas é uma política fiscal gastona que acaba ferindo os três pilares do tripé. São medidas desajustadas. O Brasil começa a morrer por causa da nova matriz econômica.

Exame.com - Mas é possível que o investidor se proteja diante deste cenário? 
Miranda - O livro aponta um diagnóstico do cenário e uma série de medidas para tentar se proteger. Talvez, não é possível que o investidor saia 100% blindado, mas existem maneiras de proteger os investimentos.
Exame.com – Dilma, Marina e Aécio. Em linhas gerais, como a bolsa brasileira deve se comportar em cada um dos três cenários?
Miranda - Neste momento, não tem diferença nenhuma entre Marina e Aécio. Se percebeu que a política econômica de Marina é muito parecida com a do Aécio. O mercado não olha Aécio ou Marina. O mercado olha Dilma e não-Dilma. Com a Dilma é queda forte da Bolsa, com algo em torno de 45 mil pontos - esse era o nível que a Bolsa estava quando a oposição começou a ganhar espaço. Talvez, agora seja até menos, porque há dois novos elementos: a sinalização de que o Fed pode subir os juros antes do previsto e a queda forte do minério de ferro. Com isso, a Bolsa pode ir até 42 mil pontos. Com a oposição, o cenário seria de alta. Com Marina ou com Aécio, a Bolsa poderia ir de 75 mil pontos até 80 mil pontos.

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